Concurso de Ilustração Álvaro Feijó 2021
Modalidade 1.º Ciclo



NOSTÁLGICA
Debruço-me no cais por sobre o rio,
vendo os navios partir,
vendo os navios voltar.
Vejo algum no horizonte e sigo a esteira
até ele ancorar,
e vou seguindo a esteira
dos que partem, até deixar
de os ver.
No cais há sempre gente!
Muita gente como eu que das viagens
só vê princípio e fim.
Álvaro Feijó, Corsário (1940), in Os Poemas de Álvaro Feijó
