Category Archives: Património

7.ºs anos visitam Igreja de Meinedo

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Dando continuidade ao projeto da Biblioteca do Agrupamento em parceria com a Rota do Românico, intitulado “O que as pedras nos contam”, hoje foi a vez dos alunos do 7.º ano da Escola Secundária visitarem a Igreja de Santa Maria de Meinedo.

A guia intérprete da Rota do Românico, Dra. Tânia Nogueira, explicou aos alunos do 7.º ano que a Igreja Matriz de Meinedo foi dedicada a Santa Maria desde a sua fundação (1262) e, segundo a tradição, este edifício substituiu um antigo mosteiro, fundado antes da ocupação árabe da península, onde teriam sido depositadas as relíquias de Santo Tirso, oriundas da cidade de Constantinopla. Meinedo terá sido, nesse período, sede de um importante bispado. É que foi D. Afonso Henriques que doou estas terras a senhores de Meinedo que, com a sua lealdade, o ajudaram na luta contra os Mouros.

Revelou ainda a importância dos cachorros (pedra esculpida com figuras humanas na qual assenta uma cornija), no exterior da Igreja, nomeadamente para o povo que não sabia ler nem escrever. Mostrou uma sigla de canteiro na parede lateral exterior e explicou que o arco triunfal da Igreja, que separa a nave da capela-mor (na sua origem, construído em pedra) tinha sido coberto por talha dourada e que o teto da capela-mor era coberto por caixotões pintados com motivos da Bíblia…

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Pensamos nós que, pelo grande interesse revelado, os alunos tenham adorado esta aula de campo.

Como fazer um relatório de uma visita de estudo?

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Nesta terceira fase do projeto da Biblioteca, em parceria com a Rota do Românico do Vale do Sousa : “O que as pedras nos contam”, deu-se já início à aplicação de um conjunto de guiões de Literacia da Informação, previamente testados e intitulados: “Aprende a estudar” que funcionarão como instrumentos de apoio a aprendizagens variadas.

Ao longo desta semana, já está a ser aplicado o »»» Guião: Como fazer um relatório de uma visita de estudo? a todos os alunos do 4.º ano do nosso agrupamento.

Ao que parece, um sucesso!

História de uma pedra…

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Era uma vez uma pedra.

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Não. Não era uma pedra qualquer, como a pedra lascada ou a pedra polida da pré-história. Nem como a pedra filosofal, preciosa substância procurada pelos magos da Idade Média que transformava, milagrosamente, qualquer metal vulgar em ouro e curava o corpo humano de qualquer doença fatal. Não!
Era mesmo uma pedra. Um pedaço de uma substância sólida que se despegou da camada externa da crosta da Terra. Tanto mais que parecia um enorme calhau com o seu corpo duro, da natureza de um rochedo.
As pedras que nasciam desse magma eram o resultado de biliões de anos de endurecimento e conservação da lava dos vulcões. Então daí, começaram a despontar outras pedras. E as pedras daí arrancadas, depois de transportadas, medidas e talhadas, davam materiais formidáveis para a construção de grandes edifícios.

O pedreiro.

Canteiro
Depois de ter andado alguns anos a aprender na escola de pedreiros, com o mestre que o ensinou a construir pontes e igrejas, o pedreiro era um artista por excelência. Trabalhava onde houvesse uma obra a fazer. Escolhia os grandes blocos de pedra, talhava-os em forma geométrica e assentava-os, muito alinhadinhos, para que as paredes do edifício não ficassem tortas. À medida que ganhava prática, também ia ganhando liberdade para ir deixando a sua marca nos blocos de pedra.

siglaAssim, ao fim do dia, contando todas as marcas (ou siglas) por si gravadas, sabia qual seria o seu salário.

Mas este pedreiro não era feliz sendo um pedreiro vulgar. Sonhava ser um escultor.
Ora bem… um escultor não! Naquele tempo chamavam-se canteiros.
Um dia decidiu partir da sua aldeia. Pegou na sua família e iniciou uma longa viagem.
Queria ser um mestre canteiro…

O Tâmega e o Sousa.

tamega e sousa
Estes dois rios banhavam um espaço recortado de verdes tingidos de azul: o Tâmega, largo, lento mas vigoroso, serpenteava por serras e vales; o Sousa, brilhante e cristalino, ao longo do seu caminho ia colorindo inúmeros vales de pasto nos pés do Marão. A satisfação com que o gado ali se alimentava e a fartura de árvores de fruto, cereais, linho e vinhas que ali cresciam, faziam deste lugar uma terra muito procurada para se viver. Começou a ser povoada por alguns homens e mulheres que depois se vieram a tornar ilustres.

Os nobres.

nobres
Das principais famílias nobres que por ali habitavam, três delas eram muito ricas e eram donas de grandes propriedades.
Leais aos seus princípios cristãos de grande coragem, estes senhores lutaram sempre com todas as suas forças para afastar os muçulmanos que lhes queriam roubar as terras.
Então, para se defenderem a si e à gente que nela habitava, viram-se obrigados a travar algumas batalhas importantes. Como recompensa pela ajuda prestada nessas batalhas, o rei doava mais terras a esses nobres fiéis. Formaram-se assim grandes domínios onde o povo, alegremente, trabalhava criando gado e cultivando.
Para se protegerem, esses nobres habitavam os castelos e esperavam fidelidade do seu povo. Claro que, um dia, os mouros, cansados de perderem todas as batalhas, acabaram por voltar para a terra deles.
Assim, as famílias dos Ribadouro, dos Sousas (ou Sousões) e dos Baião tornaram-se os grandes fidalgos e senhores de entre o rio Tâmega e Sousa.

O rei.

rei
Desde menino que este rei tinha um sonho: fundar o Condado Portucalense.
Costumava subir ao monte, olhar a paisagem em redor e imaginar os melhores lugares para travar as suas batalhas.
Aos 3 anos, Afonso perdeu o pai. Mas um fidalgo valente, que pertencia à família dos Ribadouro, chamado Egas Moniz, tomou conta da sua educação. Esteve sempre ao seu lado, mesmo quando a sua mãe, D. Teresa, só favorecia os fidalgos espanhóis da Galiza, em vez de acreditar no filho e na sua vontade de sonhar e de vir a ser um grande homem..
Com Egas Moniz, Afonso Henriques aprendeu os nomes dos rios e das serras. Com ele, aprendeu a segurar firmemente a espada com que, mais tarde, combateu os inimigos, que eram também os inimigos do reino com que ele sempre sonhou. Afonso, olhava para o céu, pensava no seu pai e acreditava que ele o apoiaria em tudo. Sabia que o que era preciso era sair com as suas tropas e ir tomando cada vez mais terras aos mouros. Nelas, ele mandava construir grandes fortificações de pedra, pois só assim o Condado Portucalense se tornaria um verdadeiro reino, por ser cada vez maior, mais rico e mais povoado.

1.ª-bandeira-nacionalAgora, só era preciso arranjar maneira para que o futuro reino de Portugal fosse reconhecido pelos outros reinos, principalmente pelo Papa. É que o Papa era mais importante que os reis e todos respeitavam as suas decisões e opiniões. Só que o Papa Alexandre III demorou muito tempo a chegar. Quando chegou, Afonso já era um homem feito. E rei de uma nobre nação que se viria a chamar Portugal.

Os monges.

monges
Os monges, ou frades, pertenciam a uma ordem religiosa e viviam nos mosteiros, afastados de toda a gente. Vestiam o hábito e seguiam uma vida religiosa bastante rígida. Para além de trabalharem no campo, de sol a sol, para não morrerem de fome, ainda passavam o resto do tempo a escrever livros à mão, a guardarem relíquias e a organizar o território. Também era usual fazerem grandes viagens a pé. As chamadas peregrinações, ou jornadas, a lugares sagrados. Faziam o caminho de Santiago de Compostela, na Galiza, em Espanha.

Nessas peregrinações, eles aprendiam muitas coisas. Para além de conhecerem monges de outras ordens religiosas, e de trocarem ideias e opiniões, partilhavam os seus mais recentes conhecimentos e apreciavam a escultura e a arquitetura das igrejas e dos mosteiros que iam vendo pelo caminho.

mosteiro-desenhoAssim que os monges de uma ordem religiosa encontravam um território seguro e protegido pelas famílias ricas e nobres, onde corressem rios calmos de águas puras, com terras férteis e pastos verdejantes, contratavam mestres de obras e mandavam construir igrejas e mosteiros de pedra.

Da tal pedra que, depois de transportada, medida e talhada pelos mestres canteiros, pareciam umas autênticas fortalezas! Formavam, assim, as suas comunidades cristãs, as chamadas paróquias.

E aí ficavam a viver… o mestre canteiro, os nobres, os monges e o povo que, alegremente, trabalhava criando gado e cultivando.

 

P’la Equipa da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Lousada
novembro de 2015

Graça Maria Pinto Coelho

Torre de Vilar: aprender com o património

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4 ilustrações de alunos do 4ºB da EB de Cristelos, a partir da visita que fizeram à Torre de Vilar, construída entre a segunda metade do século XIII e o início do século XIV, um testemunho da existência da domus fortis, residência senhorial, fortificada no território do Tâmega e Sousa. Trabalhos de ilustração executados nas aulas, a partir do projeto da Biblioteca do agrupamento em parceria com a Rota do Românico, intitulado “O que as pedras nos contam”.

10.º ano de Artes visita Mosteiro de Pombeiro

Galeria

Abertura de Concurso Literário e de Ilustração

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100.º aniversário do nascimento do poeta Álvaro Feijó

(5 de Junho de 1916)

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Concurso_Literario_AF_2016

A equipa da biblioteca do Agrupamento de Escolas de Lousada, com a colaboração dos professores de Português e de Artes Visuais, pretende incentivar a criação e divulgação literária em língua portuguesa e incentivar a capacidade criativa e a imaginação das crianças, estimulando a ilustração, através do desenho, a população escolar do Concelho de Lousada, no âmbito da homenagem ao 100.º aniversário de nascimento do poeta Álvaro Feijó, que por aqui viveu legando-nos uma coletânea de versos de especial importância na poesia portuguesa do século XX.

REGULAMENTO 9.º CONCURSO LITERÁRIO ÁLVARO FEIJÓ 2016 

 

REGULAMENTO 4.º CONCURSO ILUSTRAÇÃO ÁLVARO FEIJÓ 2016

 

 Aqui vos deixamos a biografia do poeta Álvaro Feijó»»»»»»».

O 10.ºI e a Rota do Românico

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 10.ºI e a Rota do Românico

Hoje, os técnicos da Rota do Românico, Dr. Joaquim Costa e Dra. Tânia Nogueira, conversaram com os alunos do 10.ºI, de Artes Visuais, na aula de História e Cultura das Artes. Começaram por falar sobre a arte românica, desde os séculos XI ao XIV, que foi uma arte, sobretudo religiosa. Esta arte, conhecida por arte da Reconquista, está associada às Ordens Religiosas e é construída em pedra granítica. A arte da cantaria. Mestres canteiros eram os pedreiros e escultores.

As Igrejas eram como “catecismos de pedra”, onde o povo encontrava um espaço de refúgio e de proteção, mas também um espaço onde as pessoas podiam refletir sobre o pecado, o mal que tinham praticado. Falaram também da importância desta arte, mais propriamente, dos monumentos erigidos no território entre os rios Tâmega e o Sousa: mosteiros, castelos, igrejas, memoriais, pontes, torres, e da sua  importância patrimonial para a reabilitação deste território. A Rota do Romântico é constituída por 58 imóveis distribuídos por 12 concelhos: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

Os alunos terminaram a sessão a experimentar os jogos de princípios matemáticos e geométricos: Azumetria, Hexiamante e Tangram, jogos milenares, adaptados à arte do Românico. Tinham que construir e que criar padrões… E adoraram!

Cachorro Arco de volta perfeita Cornija Colunas Mísulas Portal Fachada Tímpano Pedra Seteiras  Casa de Deus Base  Fuste  Capitel Ornamentos Naturalistas  Palmetas  Fístulas Contrafortes Aduelas Encomendadores Fortaleza de Deus foram as palavras mais ouvidas.

Os alunos do 7.ºano e o Românico

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Hoje, dia 26 de janeiro, os alunos do 7.º ano puderam descobrir o que é o Românico e quais as suas principais caraterísticas.

Foi ao longo da segunda metade do século XI e do início do século XII que uma série de transformações deu início ao aparecimento do estilo românico em Portugal.

A arquitetura românica, em Portugal, coincidiu com o reinado de D. Afonso Henriques e foi uma arte predominantemente religiosa que se concentrou, essencialmente, no Noroeste de Portugal. No território do Tâmega e Sousa apresenta características muito próprias desta região: a simplicidade dos temas e das técnicas.

Os alunos aprenderam tudo o que se relaciona com o tímpano e  com as cachorradas, os talha-mares das pontes deste concelho. Nas bases, fustes e capitéis das colunas, nos arcos de volta perfeita e nos longos frisos das fachadas das igrejas e dos mosteiros, a escultura é muito bem desenhada. Estas são aprendizagens muito importantes para todos os alunos do 7.º ano deste Agrupamento que têm vindo a assistir às diversas sessões proporcionadas pela Biblioteca escolar em parceria com as técnicas intérpretes da Rota do Românico, sediada em Lousada. A escola deve educar para o património local!

Muito obrigada Dra. Tânia Nogueira e Dra. Inês! Os alunos agradecem…

Alunos do 4.º ano visitam a Torre de Vilar

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Torre de Vilar

Inserido no projeto da Biblioteca do Agrupamento em parceria com a Rota do Românico, intitulado “O que as pedras nos contam”, está a ser concluída a segunda fase deste programa: a visita guiada pelos técnicos intérpretes aos imóveis. Hoje foi a vez dos alunos do 4.º ano da EB de Ordem visitarem a Torre de Vilar, em Vilar de Torno, cuja construção foi feita em pedra granítica e regista a presença de siglas de canteiro (símbolos gravados pelo homem que trabalhava em cantaria, ou seja, o pedreiro).

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Sigla de canteiro

Aprenderam que a Torre possui cerca de 14 metros de altura e, mais do que uma torre militar, representa uma residência senhorial fortificada, com cinco pisos. A entrada, no rés do chão, servia como despensa onde se guardavam os alimentos, pois a comida era confecionada no exterior. Os outros pisos funcionavam como moradia dos nobres que aí habitaram no século XIII. Os alunos mais corajosos, ainda puderam visitar o quinto e último piso onde possivelmente seriam os aposentos senhoriais.

No final, todos receberam um  certificado a comprovar esta visita, um pin e um folheto que aqui podes consultar.

“R” de Romano ou “R” de Românico?

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Os técnicos intérpretes da Rota do Românico, Dr. Joaquim Costa e Dra. Tânia Nogueira, em parceria com a equipa da Biblioteca do Agrupamento, têm vindo a desempenhar um périplo educativo patrimonial excelente, divulgando a vasta herança histórica deste território entre o Tâmega e o Sousa aos meninos desde o pré-escolar até ao 10.º ano de Artes. Tanto em sessões de esclarecimento em todos os estabelecimentos do agrupamento, como nas visitas aos imóveis.

Esta semana, foi dedicada aos alunos do 5.º ano e, em várias sessões, foram esclarecendo as diferenças entre  o “R” de Romano e o “R” de Românico. Aprenderam que:

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Romano era o estado da Antiguidade, formado a partir da cidade de Roma, fundado em 753 a.C. e que vigorou até 510 a. C., sendo governado por sete reis. O Império Romano perdurou até 476 d. C. na procura de uma civilização e uma arte comuns para todos os povos invadidos.

Românico é a arte cristã ocidental desenvolvida entre os séculos XI e XIII, que combina elementosIgreja de Meinedo-Lousada bárbaros e orientais. Ela é rica em formas e desenhos e assume características únicas pelo recurso a imagens de assuntos da natureza nos portais e na decoração dos monumentos.

E porque é importante a Rota do Românico? Porque o território situado entre os rios Tâmega e Sousa representa um importante período histórico de Portugal – o início da Nacionalidade. Ele abrange 12 municípios, entre os quais Lousada e localiza-se no centro do triângulo de uma região hoje declarada Património da Humanidade: Porto, Guimarães e Vale do Douro.

Muito obrigada aos técnicos da Rota do Românico! Os alunos estão a adorar!